Brasil da mesmice negativa

 

O Brasil continua o mesmo de sempre. Já é histórico. Nossos, governantes, legisladores, julgadores, enfim, os três poderes, não dão a mínima ao povo. Que são seus patrões. E continuam tratando a estes como se nada fossem. Todos os poderes, em suas várias esferas, agem apenas como donos do país. E parece que nenhum dos dois lados, conhece seus limites e poderes.

Ao longo do tempo nunca tivemos um país decente. Que proporcionasse a seus cidadãos a vida merecida. Mas, ele funcionava razoavelmente bem até o fim dos anos 1970. Tudo piorou nos anos 1980.

Quando revisitamos as décadas posteriores a de 70, vemos o quanto o país mudou para pior. Parece que o povo, que nunca soube efetivamente escolher, piorou muito nesse quesito.

E as “autoridades”, de todos os poderes e níveis, entenderam que deveriam se aproveitar disso. E o fizeram.

Qual a esperança de que isso mude para melhor? Não parece plausível ter essa esperança. E para pior? Isso parece mais factível.

Parece estranho, pois com a operação lava jato, e com a Polícia Federal e o Ministério Público com mais poderes do que nunca, e com apoio, o país deveria ter tomado outro rumo. O que até poderá ocorrer, mas que ainda não se mostrou o caminho a ser trilhado.

Figura central dessa mudança e retomada na trilha da construção de um país, uma nação, e não um simples e grande acampamento como somos hoje, o povo ainda não se deu conta da sua importância. Ele parece entender que está aí apenas para referendar as mazelas perpetradas.

Não, o povo tem outra função, muito diferente. Não referendar, mas colocar nos devidos lugares pessoas que melhorem sua vida. Que façam o que o povo quer, mas, claro, dentro de limites da construção de um país para todos. Embora saibamos que na história da humanidade isso nunca foi perfeitamente possível. Que alguns são sempre mais iguais que outros. Temos muitos países que estão há dezenas e centenas de anos à nossa frente. Que devem ser nossos exemplos, e pararmos de ter como exemplos países pobres, governantes ditadores, partidos que são seitas, etc.

A mudança tem de começar pelo respeito à ordem, à lei e a segurança. Princípios básicos para uma nação decente. E quem a quer e prática tem que ser prestigiado. Temos que eliminar da nossa vida a crítica à polícia por tudo que faz. Se ela não está efetivamente preparada, temos que exigir que o seja. E não acuá-la e impedir seu trabalho como ocorre em terras tupiniquins. Por isso o crime avança como nunca avançou antes.

A melhor forma de mudança dessa situação, talvez a única real, sem subterfúgios, é pela educação. Mas, o que tem sido feito para isso neste país? Absolutamente nada. Vemos que a cada dia ela piora. Alunos do fundamental saem das escolas sem saber o mínimo de matemática e português. Para ficarmos apenas nessas duas matérias básicas. As verbas para educação vêm diminuindo ao longo dos anos. O que proporciona os vexames internos e externos que temos passado.

Nós parecemos nunca enxergar isso, e o que fizeram os países desenvolvidos. Em especial, nas últimas décadas Finlândia e Coréia do Sul. Que eram tão ruins ou piores que nós, e hoje são exemplos.

Muda Brasil, seu destino não é ser pobre, mas fazer parte do mundo desenvolvido.

 

Jornal DCI de 15/05/18

Author: Samir Keedi

-Mestre (Stricto Sensu) e pós-graduado (Lato Sensu) em Administração pela UNIP-Universidade Paulista. -Bacharel em Economia pela PUC-Pontifícia Universidade Católica. -Profissional de comércio exterior desde março de 1972. -Especialista em transportes; logística; seguros; Incoterms®; carta de crédito e suas regras; documentos no comércio exterior; contratos internacionais de compra e venda. -Generalista em várias atividades em comércio exterior. -Consultor em diversos assuntos relativos ao comércio exterior. -Professor universitário de graduação e pós graduação desde 1996. -Professor e instrutor técnico desde 1996. -Palestrante em assuntos de comércio exterior e economia. -Colunista em jornais e revistas especializadas. -Autor de vários livros em comércio exterior. -Tradutor oficial para o Brasil do Incoterms 2000. -Representante do Brasil na CCI-RJ e Paris na revisão do Incoterms® 2010.

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