Carga tributária é de 50%
É comum termos péssimas análises da economia brasileira. Os dados são divulgados de forma inadequada, ou errada, ou pesquisas são feitas de modo equivocado ou tendencioso. O Brasil precisa ser bem informado. As pessoas precisam conhecer os dados corretos para poder agir, tanto na sua economia particular, quanto em relação aos governantes.
No nosso artigo “O Brasil não conhece o Brasil” falamos de passagem sobre a carga tributária brasileira. Que ela é, em realidade, de uns 50ª 60%, e não os meros 32 a 33% nominais como é divulgado. Com isso, nossa carga tributária é a maior do mundo em termos reais.
E por que ninguém dá uma pequena parada para analisá-la como se deve? Como analisar dados para tomar posição em relação a eles e ao futuro.
Costumamos colocar a nossos interlocutores que é preciso olhar o que a carga tributária faz e entrega. E que ela é muito maior do que aquela de alguns países desenvolvidos, incluindo os nórdicos. A economia mostra que os números são diferentes do olhar matemático. Na matemática, 45 é maior que 32. Mas, na economia, pode haver uma inversão. Países desenvolvidos têm alta carga tributária nominal, mas entregam segurança, educação e saúde adequadas.
No Brasil temos carga tributária que nada entrega, apenas sustenta a máquina e a corrupção. Se tivéssemos que fazer um pacto com o governo, para nos entregar isso, teríamos que ter uma carga tributária de uns 50-60%. A maior do mundo em termos nominais e reais.
Assim, é preciso considerar o que pagamos diretamente ao governo, e o que pagamos para termos o que ele deveria nos dar. Portanto, a carga tributária brasileira não é apenas aquela nominal declarada. E estamos na vanguarda da tributação na Via Láctea.
Jornal DCI