Graves erros do presidente

 

O Brasil está vivendo a pior crise de sua história. Que parece não ter sido percebida ainda pela maioria dos brasileiros. Conforme muitos colunistas têm levado ao público há vários anos, no qual nos incluímos. E, sem dúvida, a atual situação ainda deverá piorar muito. Assim pode-se dizer que não vimos nada ainda.

E seria bom não usarmos os velhos chavões de pessimismo ou otimismo, pois aqueles que têm mostrado o país real não são uma coisa nem outra. São apenas realistas, com conhecimentos econômicos e que sabem como tratar os dados, analisa-los, entende-los. E que pretendem ajudar o país e não conseguem.

Conhecimentos e informações que nosso governo, bem como economistas, empresários e povo deveriam conhecer.

Os governos deste milênio fizeram uma destruição que nenhuma guerra declarada faria. Como costuma acontecer em países onde o bom-senso não funciona e se vota em quem não sabe governar. Aliás, melhor, em quem nunca quis governar o país, mas apenas estar de olho no que o governo oferece. Em tudo. O resultado é o conhecido.

Com a mudança da guarda vimos o que aconteceu. O novo presidente cometeu erros sobre erros. Certamente ousou como nunca antes neste país (sic). Deixou de lado a popularidade, abriu o leque de reformas. Que já deveriam ter sido feitas há décadas. E que nenhum político teve a coragem de tocar. É um vespeiro, claro, mas absolutamente necessário. Isso a história reconhecerá em alguns anos ou décadas. É nisso que o presidente tem investido.

Mas, voltemos aos erros. O maior deles, e não há dúvida, foi assumir a presidência sem abrir ao país o que recebeu. Os seus primeiros atos deveriam ser abrir todas as caixas pretas. Do governo, do BNDES, empresas estatais, absolutamente tudo.

Tinha a obrigação de auditar todas as empresas, todos os caixas. Cada detalhe da economia brasileira. Iria descobrir milhões de esqueletos insepultos. Que a população brasileira tem o direito de conhecer.

Após tudo apurado, o presidente teria a obrigação de ir a todos os meios de comunicação disponíveis e mostrar a herança maldita recebida. Teria a obrigação de mostrar ao povo brasileiro o que tinha sido feito ao Brasil. Teria de mostrar o que o BNDES fez e como usou os seus recursos. Mostrar ao país o verdadeiro desemprego, que como todos sabem, já mostramos ser de 50-60 milhões de almas. E não os meros 14 milhões mostrados. Isso devido a metodologia errada, que mostra dados incorretos. Também livrar-se do seu perigoso entorno e captar na sociedade brasileira pessoas que ajudem.

Mas, o que foi feito sobre isso? Nada. Agora, passado mais de um ano, de quem é a culpa? Pergunte-se ao povo brasileiro em geral. Salvo alguns poucos conhecedores da situação verdadeira, e com bastante bom-senso, dir-se-á que é do presidente.

Com isso, a história contada no futuro poderá mostrar que o presidente atual é o culpado de tudo que temos hoje. E pelo que ainda está por vir. Não os governos anteriores, que destruíram irremediavelmente o país, que poderão não ser responsabilizados. Só os historiadores mostrarão a verdade.

Mas, perguntinha inocente. Quem lê a história? Alguns? A maioria fica mesmo com o dia a dia das ruas e os boatos, mentiras que se espalham, etc.

Jornal DCI de 31/08/2017

Author: Samir Keedi

-Mestre (Stricto Sensu) e pós-graduado (Lato Sensu) em Administração pela UNIP-Universidade Paulista. -Bacharel em Economia pela PUC-Pontifícia Universidade Católica. -Profissional de comércio exterior desde março de 1972. -Especialista em transportes; logística; seguros; Incoterms®; carta de crédito e suas regras; documentos no comércio exterior; contratos internacionais de compra e venda. -Generalista em várias atividades em comércio exterior. -Consultor em diversos assuntos relativos ao comércio exterior. -Professor universitário de graduação e pós graduação desde 1996. -Professor e instrutor técnico desde 1996. -Palestrante em assuntos de comércio exterior e economia. -Colunista em jornais e revistas especializadas. -Autor de vários livros em comércio exterior. -Tradutor oficial para o Brasil do Incoterms 2000. -Representante do Brasil na CCI-RJ e Paris na revisão do Incoterms® 2010.

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