Monarquia à brasileira (versão curta)

 

Queremos falar do tema monarquia, já que teremos eleições logo mais. Em especial considerando que ela continua exercendo fascínio sobre os brasileiros. Para isso é só vermos como se age no país com os ícones das mais diversas áreas. Temos o rei do futebol. O rei da juventude. O rei da esfiha. O rei da troca de óleo, etc. Todo tipo de rei no país. Todos acham que se é o máximo, então é o rei.

Por que isso ocorre, não sabemos. Apenas queremos chegar ao ponto sobre nosso sistema de governo. Pena que no plebiscito de há alguns anos sobre a monarquia, esta perdeu feio. Se alguém perguntar se somos monarquistas e por que, a resposta será relativa. Não é uma questão de ser ou não.

A questão aqui é o que vem acontecendo no país há muito tempo. Nossos governantes abusam o que podem da paciência do brasileiro e de seus recursos. Exploram seu lado fraco com certa indecência que é revoltante. A compra de votos é recorrente. E, mais do que nunca em nossa história, a bolsa-esmola é seu maior exemplo. Para não falar apenas dos pobres, outro exemplo marcante é a alta taxa de juros do país. Incompatível com os juros e a economia mundial. De tal modo que ganham muito os bancos e os ricos.

E também onde a barganha política é vergonhosa. Tudo é cargo. Pouco se vê verdadeiros técnicos da área em ministérios e estatais, seja lá qual for ela. E as campanhas são de nível tão baixo que é preciso tirar as crianças da sala. E não há como retirar cada um deles da cadeira. Ganha a eleição, eles são colados nela.

Assim, aproveitamos, uma vez mais, para pedir monarquia no país. Mas, não é por simples amor a ela, mas ao parlamentarismo. A melhor forma de governo. Em que se coloca como primeiro-ministro alguém com poucos votos, por exemplo, um deputado. E se pode tirá-lo a qualquer momento. Dissolve-se o governo e se tenta com outro.

O que não é possível com o presidencialismo. Não há como se ter parlamentarismo com essa forma de governo. Um presidente é eleito no país com cerca de 60 milhões de votos. Não se pode menosprezar isso e nomear primeiro-ministro alguém com algumas centenas de milhares de votos. Quem tem 60 milhões de votos tem que governar.

Portanto, a melhor forma é uma monarquia parlamentarista. Um rei não é eleito e nada pode reivindicar. Assim, não precisa mandar e não haverá nada de errado com isso. Nomeia-se alguém primeiro-ministro, que poderá ser sacado do cargo a qualquer momento.

Com isso, teremos uma forma de governo mais estável. Em que o povo, pelo menos em tese, mandará mais. E com eleições a cada quatro anos para as casas parlamentares, governadores e prefeitos. Em que se gastará menos o dinheiro do povo. E os governantes trabalharão mais. Não apenas um ano a cada dois. E, importante, sem a negação da democracia, a melhor forma de convivência que há.

Jornal DCI

Author: Samir Keedi

-Mestre (Stricto Sensu) e pós-graduado (Lato Sensu) em Administração pela UNIP-Universidade Paulista. -Bacharel em Economia pela PUC-Pontifícia Universidade Católica. -Profissional de comércio exterior desde março de 1972. -Especialista em transportes; logística; seguros; Incoterms®; carta de crédito e suas regras; documentos no comércio exterior; contratos internacionais de compra e venda. -Generalista em várias atividades em comércio exterior. -Consultor em diversos assuntos relativos ao comércio exterior. -Professor universitário de graduação e pós graduação desde 1996. -Professor e instrutor técnico desde 1996. -Palestrante em assuntos de comércio exterior e economia. -Colunista em jornais e revistas especializadas. -Autor de vários livros em comércio exterior. -Tradutor oficial para o Brasil do Incoterms 2000. -Representante do Brasil na CCI-RJ e Paris na revisão do Incoterms® 2010.

Share This Post On

Submit a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *