O Brasil e os esportes (versão curta)

 

Já começa a ser passado a mais vexaminosa derrota do escrete canarinho em todos os tempos. Claro, se algum dia se tornar passado como esperamos. Sabemos que a derrota de 1950 sempre foi presente e um tormento indisfarçável.

Nesta, fizemos um papel ruim nas fases anteriores, jogando contra seleções sem tradição. Quando fizemos o primeiro jogo com uma seleção tradicional e campeã do mundo, participamos do jogo dos sete erros, em que acertamos apenas um. Mostramos que não tínhamos planejamento algum.

Melhores do mundo já é um passado muito distante. Ficou nas décadas de 1950, 1960, 1970 e 1980. As copas de 1994 e 2002 foram vencidas, segundo nossa exclusiva opinião, já sem sermos os melhores. Talvez esta derrota, se bem aproveitada, possa ser a melhor coisa acontecida ao país. Não ao “país do futebol”. Ao país da gente, daquele que vivemos independentemente do futebol.

Também, temos que começar a pensar que o futebol não é o único esporte que existe. O Brasileiro e nossas autoridades precisam descobrir e dar atenção a outros esportes, que nunca foram considerados.

É flagrante, está toda hora nos jornais e televisões, a penúria com que vivem os demais esportes no país. E atletas. Muito deles têm que ir para o exterior para se aperfeiçoar. Para ter patrocínio. As Olimpíadas estão batendo à porta, e esperamos para ver que papel o país fará nela.

O Vôlei é um esporte que tem dado imensas alegrias. Também o basquete já deu, e poderia dar muito mais. A ginástica já nos deu medalhas. A natação idem, e muitas. Também o judô. Outro esporte a dar muitas medalhas é o iatismo. O atletismo em geral tem dado alegrias. Assim, como outras modalidades esportivas.

Precisamos que todas as nossas crianças e juventude tenham, continuamente, por exemplo, aulas de natação. Não só para competição, como para a saúde. É um esporte dito completo, ou quase. Em que nossas crianças e juventude seriam muito mais saudáveis. E claro, resvalando para o futuro. Assim como outros.

Qual a razão da população brasileira não ter olhos para os demais esportes citados e muitos outros? Culpa apenas dela? Possivelmente não. Culpa, em especial, das nossas autoridades que tratam o esporte em geral da mesma maneira que a educação. Como um produto desnecessário e de segunda linha. A televisão e as rádios idem. Somente em grandes eventos se aventuram a mostrá-los. Todos nos lembramos bem quando nosso Gustavo Kuerten foi tri-campeão de tênis de Roland Garros e líder do ranking mundial. Olhos, atenção, transmissão, etc.

Por que só gostamos de ver campeão? E que normalmente é nascido dele próprio, sem a ajuda de terceiros? Lembramos-nos muito bem dos tempos de nosso boxeador maior, Eder Jofre. E outros que poderiam ser lembrados.

Jornal DCI

Author: Samir Keedi

-Mestre (Stricto Sensu) e pós-graduado (Lato Sensu) em Administração pela UNIP-Universidade Paulista. -Bacharel em Economia pela PUC-Pontifícia Universidade Católica. -Profissional de comércio exterior desde março de 1972. -Especialista em transportes; logística; seguros; Incoterms®; carta de crédito e suas regras; documentos no comércio exterior; contratos internacionais de compra e venda. -Generalista em várias atividades em comércio exterior. -Consultor em diversos assuntos relativos ao comércio exterior. -Professor universitário de graduação e pós graduação desde 1996. -Professor e instrutor técnico desde 1996. -Palestrante em assuntos de comércio exterior e economia. -Colunista em jornais e revistas especializadas. -Autor de vários livros em comércio exterior. -Tradutor oficial para o Brasil do Incoterms 2000. -Representante do Brasil na CCI-RJ e Paris na revisão do Incoterms® 2010.

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