Surpresas no comércio exterior – 15 (Consolidação de carga aérea)
Sempre embarque uma carga aérea de pequeno porte em conjunto com outras cargas de outros exportadores. Evite, para este tipo de carga, o embarque isolado ou independente, pois o seu embarque como carga única pode vir a acarretar um desperdício financeiro através do encarecimento do frete, onerando o preço final do produto.
Note que o preço do frete, no transporte aéreo, segue uma tabela onde o peso da carga o influencia, e esta tabela contém a seguinte divisão de faixas de peso: 0-45; 45-100; 100-300; 300-500 e mais de 500 quilos.
Os fretes calculados de acordo com as faixas de frete devem sempre respeitar o valor mínimo estabelecido pelas companhias aéreas para o transporte de qualquer carga, que é aquele valor econômico que possibilita o seu transporte.
Superado aquele valor mínimo, observe que de acordo com estas faixas, quanto maior o peso da carga, menor será o frete cobrado para o seu transporte, e quanto menor este frete mais os embarcadores estarão dispostos a utilizar o transporte aéreo para seus embarques, tendo a tabela o conhecido efeito Tostines.
Em face da existência desta tabela, com as concessões das empresas aéreas em relação ao frete, de modo a aumentar o volume de cargas transportadas, procure unir as cargas com as de outros embarcadores, através de um agente de carga aérea, num processo chamado de consolidação de carga, para enquadrá-las numa faixa de frete menor.
A consolidação de carga provoca a necessidade da emissão de dois conhecimentos de embarque, um do agente e um da companhia aérea, chamados, respectivamente, House Air waybill e Master Air waybill.
É normal termos vários HAWB para um MAWB, já que a consolidação implica em juntar cargas de vários embarcadores para redução do frete, o que não ocorreria com apenas uma carga.