Surpresas no comércio exterior – 52 (rodovias brasileiras segundo WEF-CNT 2021)
É de pouco conhecimento que nossa infraestrutura rodoviária está muito mal avaliada pelo Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum), de 2021. De acordo com informações divulgadas pela CNT – Confederação Nacional do Transporte, temos nota 2,7 em avaliação de 1 a 7.
No mundo, estamos na posição 121 entre 140 países analisados. Na América do Sul temos à nossa frente Chile (45); Uruguai (95); Argentina (108); Bolívia 109); Peru(111).
Descendo a detalhes, conforme reportagem de 18/10/2018, página A5 do Jornal DCI – Diário do Comércio, Indústria e Serviços, temos os seguintes quanto às estradas brasileiras. E, sabemos que não houve grandes melhorias de lá para cá. Talvez pelo contrário.
Estado geral: 11,6% ótimo – 31,4% bem – 57% regular, ruim, péssimo
Pavimento: 42,3% ótimo – 6,8% bom – 50,9% regular, ruim, péssimo
Sinalização: 15,2% ótimo – 40,1% bom – 44,7% regular, ruim, péssimo
Geometria da via: 5,4% ótimo – 18,9% bom – 75,7% regular, ruim, péssimo
Obviamente não há como fazer transporte ou logística adequadas, nem ser competitivo com condições como essas. Em que, no geral, rodar por elas é mais milagre do que impossibilidade.
Salvo o Estado de São Paulo, que tem as melhores estradas do país, e representando 32% da economia brasileira, se salva dessa situação precária e salva relativamente o país. Não fosse isso, a situação seria bem pior.
E, como o rodoviário representa cerca de 62% do transporte no país, temos uma logística e custos inadequados.
No comércio exterior isso se torna extremamente problemático, visto que os grandes mercados do mundo estão fora da América Latina, onde estamos. Estão na América do Norte (mas, apenas em 11%, tendo já sido 25% até o início deste milênio, quando o perdemos), na Europa e Ásia. Destinos distantes.
Assim, teríamos que ter a melhor logística do mundo, resultando em custo adequado interno, para podermos perder no externo, e termos condições adequadas para competir. O que parece difícil de acontecer.