Terceirização na Aduana (versão curta)
É comum vermos pessoas entendendo que a figura do despachante aduaneiro é mais um intermediário supérfluo. E que se pode realizar sozinho tudo que ele faz. Assim, consegue-se uma redução de custos no seu processo de despacho aduaneiro. Esse raciocínio pode estar certo, mas, também errado.
A profissão exige uma dose extraordinária de conhecimentos do comércio exterior. Em especial em nosso país, quando centenas de normas são expedidas a cada mês. E já são tantas as normas existentes, que é quase impossível que alguém tenha total conhecimento de tudo que temos.
Isso, por si só, já basta para dar à figura do despachante aduaneiro um status diferenciado, pois sua atualização é penosa. Ainda bem que para isso pode contar com o seu sindicato da categoria. Despachantes trabalham em conjunto na questão do aprendizado.
Há que se contar, além disso, a fantástica perda de tempo num processo de despacho aduaneiro, ainda mais que o país em pauta é o nosso querido Brasil. Nestas paragens, as coisas são bem mais complicadas. Tempo que as empresas não têm, e o qual deve ser direcionado a seu core business, e não ao processo aduaneiro.
Num porto de Santos ou no aeroporto de Guarulhos, os dois mais importantes do País. E importando apenas algumas centenas de quilos, e ainda esporadicamente ao longo do ano. E, quixotescamente, querendo fazer diretamente, sem o concurso deste profissional da área, seu próprio processo.
E imagine o custo de tudo isso. E não é só pela questão da falta de diluição dos custos, que a empresa tem que suportar sozinha, quando pode ser diluída com outras empresas através do seu despachante. É a questão da sua própria estrutura, que não custa barato, em especial que gente no Brasil custa muito mais caro que em outros países.
Jornal DCI