15 de março – fim do governo

 

Bom, parece que o povo brasileiro, finalmente, vai sair da condição de carneirinho a que se recolheu há muito. Uma questão histórica, salvo alguns momentos de lucidez. Assim, o dia 15 de março de 2015, que sai de casa e vai às ruas, entra para a história com uma das maiores manifestações que este “nunca antes neste país” já viu. E, considerando o fato de que o partido no poder sempre considera que este país foi descoberto em 1980, e colonizado em 2003, é a 2ª maior manifestação de todos os tempos (sic), seguindo o passo daquela das “diretas já” em 1984.

O que se viu na eleição à Presidência da República de 2014 é, sem dúvida, o maior estelionato eleitoral que este país já assistiu. A campanha não precisa ser rememorada aqui para ninguém, pois não estamos escrevendo este artigo em 2984, mas em 2015. Apenas cinco meses após aquela famigerada e mentirosa, até as entranhas, campanha eleitoral. De deixar até o partido no poder com vergonha. E isso é um fato, considerando que não acreditavam em nada daquilo e estão fazendo tudo o que a oposição faria.

Assim como o Petrolão, que já é sabido ser o maior caso de corrupção e desvio financeiro da história da humanidade, é possível que nossa eleição de 2014 também seja assim considerada no futuro.

Dessa maneira, parece que o povo brasileiro resolveu esquecer a inconsequente letra do nosso Hino Nacional, e se levantar “do berço esplêndido” em que tem dormido por 523 anos, desde 1492. Ano em que fomos descobertos, juntamente com todos os demais 34 países da América, por Colombo. E não no ano de 1500 como relata a nossa história. Quando Colombo aqui chegou, esta terra Tupiniquim já estava encravada na América. Assim, vemos que a mentira grassa neste país há muito mais tempo do que se imagina. Desde o seu descobrimento, cujo primeiro foi encoberto.

Quando falamos em 2984, estamos aludindo ao fantástico livro “1984” do genial escritor inglês “George Orwell”. Que escreveu em 1948 o livro que relatava tudo o que aconteceria no futuro. Tudo está acontecendo conforme previu. Seu único erro foi fixar a data em 1984. Foi muito otimista, ou pessimista, depende como se quer interpretar.

O seu Big Brother, que é dele e quase ninguém sabe disso, controlava tudo. Não se escapava de seus olhos. Quando não estava satisfeito com o passado, o reescrevia. Fica claro a quem o livro foi escrito. George Orwell dá a entender que conhecia o PT e este governo. Que age da maneira descrita no livro, com o seu “nunca antes neste país”. Sempre reescrevendo a história.

Nossa preocupação, agora que o tiro de largada foi dado, é se a corrida continuará. Ou se será mais um fogo de palha, ou um voo de galinha como tem ocorrido com a economia. Em 2013 tivemos essa experiência. E quando pensamos “agora vai”, o que ocorreu foi o “para tudo”. Descobriu-se, conforme nosso artigo de final de 2013, que era tudo pelos 20 centavos da passagem de ônibus. Nada mais. Ninguém mais fez nada, e o governo deitou e rolou como quis. E a eleição de 2014 é a maior prova desse descalabro.

O que se espera agora é que tudo seja para valer. Com a seriedade necessária como o início de ontem. Segundo a Polícia Militar, 1.000.000 de pessoas contra uma alma penada na Av. Paulista. 1.700.000 em todo o país. E, registre-se para a posteridade o que se viu, para evitar as mentiras e a aplicação de 1984, novamente, no futuro. Sem qualquer baderna ou um ato qualquer de violência. E, diga-se, sem artistas se apresentando e sem um único sorteio para arregimentar pessoas ávidas por ver e ouvir seus ídolos e ganhar algum prêmio.

Tudo absolutamente voluntário. E de braços dados com a Polícia Militar, que está ai para proteger e não ser contra. Também eles são povo. Portanto, como se pode constatar, tudo realmente pela pátria verde amarela. Para criar um país, uma nação, que ainda não existe. Já cansamos de escrever e dizer que o Brasil é um grande acampamento, não um país, uma nação. Cada um para si e nada mais. No geral, ninguém pensando no coletivo.

Esperamos que 2015 nada tenha a ver com o espírito pontual de 2013, inclusive pela violência, e se desenvolva um espírito brasileiro, que ainda parece não existir. Com aqueles que querem um país decente, democrático, com oportunidades para todos, fazendo sua parte. Que o país passe a ter uma oposição. Que os eleitos não se bandeiem, na sua maioria, para a situação, por benesses e mesquinharia como é mais que comum. Que os políticos honrem o povo que os elege. Que os partidos sejam Partidos de fato, e não Pa/rtid/os (sic) como se costuma dizer, ironicamente.

Há cerca de 2000 anos um revolucionário mudou o mundo. Acorda Brasil.

Jornal Diário do Comércio Virtual

Author: Samir Keedi

-Mestre (Stricto Sensu) e pós-graduado (Lato Sensu) em Administração pela UNIP-Universidade Paulista. -Bacharel em Economia pela PUC-Pontifícia Universidade Católica. -Profissional de comércio exterior desde março de 1972. -Especialista em transportes; logística; seguros; Incoterms®; carta de crédito e suas regras; documentos no comércio exterior; contratos internacionais de compra e venda. -Generalista em várias atividades em comércio exterior. -Consultor em diversos assuntos relativos ao comércio exterior. -Professor universitário de graduação e pós graduação desde 1996. -Professor e instrutor técnico desde 1996. -Palestrante em assuntos de comércio exterior e economia. -Colunista em jornais e revistas especializadas. -Autor de vários livros em comércio exterior. -Tradutor oficial para o Brasil do Incoterms 2000. -Representante do Brasil na CCI-RJ e Paris na revisão do Incoterms® 2010.

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