Sacolinha e fraude (versão curta)
E lá vamos nós com a questão da sacolinha plástica novamente. Não basta o governo fazer isso diuturnamente, também o setor privado o faz. Todos se aventuram a tirar sua vantagem. Impressionante país que não se leva a sério em hipótese alguma. Principalmente São Paulo, que tem a prefeitura dos sonhos de qualquer exterminador.
Nunca se pensa no consumidor, no cidadão. Sempre em seu proveito próprio. Mas, claro, a culpa não é só deles. É muito mais nossa. Aceitamos tudo como se fôssemos uma grande lata de lixo. Precisamos fazer respeitar nossa inteligência.
A sacolinha plástica virou a vilã da má qualidade de vida. Como se fosse apenas ela. E querem fazer crer que com sua eliminação o planeta estará salvo. Contra a garrafa de tereftalato de polietileno (PET) não se fala ou faz nada. Talvez porque o povo seja a parte fraca, e as grandes companhias de refrigerantes e os governos das várias esferas a parte forte.
E também as demais mercadorias vendidas a nós diariamente, que estão em plásticos. Por exemplo, os salgadinhos em geral. Também os detergentes têm embalagens plásticas e muitos outros produtos de limpeza. O papel higiênico vem embalado em plástico. O nosso jornal é entregue em casa em um saco plástico.
Há uma infinidade de mercadorias cuja embalagem é plástica, e não vemos ninguém vociferar contra elas. Talvez porque essas embalagens façam parte do preço de compra e venda, ou seja, não estão sendo dadas. Olhamos nossa despensa e praticamente só tem embalagens plásticas.
Está claro a todos que a questão não é ecológica. É puramente financeira. Não se está pensando no meio ambiente, no futuro do planeta. Todos estão pensando em seus próprios bolsos. Que é tudo que se faz no nosso Brasil. Tudo é sempre contra o povo, cordeiro que somos.
Jornal DCI