Sacolinha e fraude (versão curta)

 

E lá vamos nós com a questão da sacolinha plástica novamente. Não basta o governo fazer isso diuturnamente, também o setor privado o faz. Todos se aventuram a tirar sua vantagem. Impressionante país que não se leva a sério em hipótese alguma. Principalmente São Paulo, que tem a prefeitura dos sonhos de qualquer exterminador.

Nunca se pensa no consumidor, no cidadão. Sempre em seu proveito próprio. Mas, claro, a culpa não é só deles. É muito mais nossa. Aceitamos tudo como se fôssemos uma grande lata de lixo. Precisamos fazer respeitar nossa inteligência.

A sacolinha plástica virou a vilã da má qualidade de vida. Como se fosse apenas ela. E querem fazer crer que com sua eliminação o planeta estará salvo. Contra a garrafa de tereftalato de polietileno (PET) não se fala ou faz nada. Talvez porque o povo seja a parte fraca, e as grandes companhias de  refrigerantes e os governos das várias esferas a parte forte.

E também as demais mercadorias vendidas a nós diariamente, que estão em plásticos. Por exemplo, os salgadinhos em geral. Também os detergentes têm embalagens plásticas e muitos outros produtos de limpeza. O papel higiênico vem embalado em plástico. O nosso jornal é entregue em casa em um saco plástico.

Há uma infinidade de mercadorias cuja embalagem é plástica, e não vemos  ninguém vociferar contra elas. Talvez porque essas embalagens façam parte do preço de compra e venda, ou seja, não estão sendo dadas. Olhamos nossa despensa e praticamente só tem embalagens plásticas.

Está claro a todos que a questão não é ecológica. É puramente financeira. Não se está pensando no meio ambiente, no futuro do planeta. Todos estão pensando em seus próprios bolsos. Que é tudo que se faz no nosso Brasil. Tudo é sempre contra o povo, cordeiro que somos.

Jornal DCI

Author: Samir Keedi

-Mestre (Stricto Sensu) e pós-graduado (Lato Sensu) em Administração pela UNIP-Universidade Paulista. -Bacharel em Economia pela PUC-Pontifícia Universidade Católica. -Profissional de comércio exterior desde março de 1972. -Especialista em transportes; logística; seguros; Incoterms®; carta de crédito e suas regras; documentos no comércio exterior; contratos internacionais de compra e venda. -Generalista em várias atividades em comércio exterior. -Consultor em diversos assuntos relativos ao comércio exterior. -Professor universitário de graduação e pós graduação desde 1996. -Professor e instrutor técnico desde 1996. -Palestrante em assuntos de comércio exterior e economia. -Colunista em jornais e revistas especializadas. -Autor de vários livros em comércio exterior. -Tradutor oficial para o Brasil do Incoterms 2000. -Representante do Brasil na CCI-RJ e Paris na revisão do Incoterms® 2010.

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