Exportação e competitividade (versão curta)

 

Há algum tempo escrevemos nosso artigo “Quando começa?”. Perguntando se a atividade de comércio exterior já teve alguma importância. Nós mesmos respondemos: nunca. Nosso comércio exterior é muito amador em certas circunstâncias.

Há algumas semanas participamos de um excelente evento do Ceciex, entidade que congrega as empresas comerciais exportadoras, em conjunto com a área de comércio exterior da ACSP – Associação Comercial de São Paulo e com o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas, localizado na Cidade Universitária, órgão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, nas dependências do IPT. A idéia era mostrar aos produtores e exportadores as imensas possibilidades de profissionalização da sua produção.

O evento nos deixou tão satisfeitos que resolvemos escrever sobre ele. Exaltar o IPT e demonstrar a sua capacidade de ajudar o comércio exterior brasileiro.

Tivemos três excelentes palestras retratando o comércio exterior brasileiro, sua importância no mundo, quase nula. Bem como sua pequena importância para o próprio PIB – produto interno bruto do país. Em que a média mundial é de 50%, nas duas vias, exportação e importação. Representando 2,5 vezes a brasileira. Há países que têm muito mais como, por exemplo, Netherlands (Países Baixos). Que fazem 150% do seu PIB em comércio exterior. Eles têm um PIB de 722 bilhões de dólares, exportam 576 bilhões e importam 511 bilhões. E com uma população de apenas 17 milhões de almas, com força de trabalho de oito milhões de pessoas.

Muitas das mercadorias brasileiras de exportação não têm como competir internacionalmente. Em especial nossos industrializados. Temos contra nós muitas variáveis, principalmente nossa matriz de transporte. Que torna nosso sistema logístico dos piores do planeta. Também a mão de obra na área, que é muito ruim como costumamos dizer e escrever. Mas, temos também o próprio produto, que nem sempre cumpre as especificações adequadas.

Nessa excelente palestra do IPT-ACSP, conhecemos a competência da instituição. O que podem fazer pelos nossos produtos. Tanto para o mercado interno, quanto externo. E que são usados apenas por poucos. Talvez o problema seja o desconhecimento do que o IPT pode fazer.

Após as palestras tivemos visitas a alguns de seus laboratórios. Ficamos impressionados com eles, sua tecnologia, técnicos e competência. E o quanto podem ajudar a melhorar nossos produtos.

Sem nenhum interesse, mas como profissional de comércio exterior querendo melhorá-lo, gostaríamos de sugerir um contato com o IPT. Ele pode fazer muito pelo país, pelos nossos produtos.

E para aqueles que acham que não é para seu produto, talvez simples, não é verdade. Eles estão ai há mais de um século, ajudando a quem desejar. Quanto ao preço, também verificamos que não é nada do outro mundo. Pelo contrário, de preços bem acessáveis. Inclusive com linha de financiamento aos interessados.

Jornal DCI

Author: Samir Keedi

-Mestre (Stricto Sensu) e pós-graduado (Lato Sensu) em Administração pela UNIP-Universidade Paulista. -Bacharel em Economia pela PUC-Pontifícia Universidade Católica. -Profissional de comércio exterior desde março de 1972. -Especialista em transportes; logística; seguros; Incoterms®; carta de crédito e suas regras; documentos no comércio exterior; contratos internacionais de compra e venda. -Generalista em várias atividades em comércio exterior. -Consultor em diversos assuntos relativos ao comércio exterior. -Professor universitário de graduação e pós graduação desde 1996. -Professor e instrutor técnico desde 1996. -Palestrante em assuntos de comércio exterior e economia. -Colunista em jornais e revistas especializadas. -Autor de vários livros em comércio exterior. -Tradutor oficial para o Brasil do Incoterms 2000. -Representante do Brasil na CCI-RJ e Paris na revisão do Incoterms® 2010.

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