O Brasil e os EUA (versão curta)

A cada dia que passa, nestes quase 11 anos do atual nefasto (des)governo (sic), nos perguntamos por que estamos nos afastando cada vez mais dos EUA. O que nos leva a pensar que eles precisam ser afastados de nossas vidas, quando o mundo todo depende muito deles? Mesmo em crise, agora já saindo, eles são um mercado sempre importante.

Até poucos anos atrás nosso comércio com o irmão do norte representava cerca de 25% do que realizávamos. De repente, sem mais nem menos, fomos nos direcionando a outros países. Assim, abandonando, voluntariamente, o maior mercado de consumo do mundo, que chegou a cair a menos da metade em percentual. No mínimo uma imprudência. É claro que a diversificação é boa, mas sem abandonar o conquistado.

Ao longo desses anos vimos nos afastando. Pior, nos direcionando às mais atrasadas nações da América latina. A quem defendemos cada vez mais. E vamos afastando-nos da democracia que queremos e merecemos. Estamos estranhando não termos incluído ainda a Coréia do Norte como um dos nossos “ídalos” (sic). Quem tem como estrela-guia a seguir, Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, até Irã, embora este meio disfarçadamente, está muito atrasado com a Coréia do Norte.

Ao longo do tempo vamos arranjando problemas. É só picuinha. Ao invés de nos comportarmos exatamente como somos, como um país pobre que precisa de todos, em especial do mais forte, vamos arranjando encrenca. E cada vez mais voltados em direção aos pobres e às ditaduras como citamos. Cujo caminho já foi andado num bom pedaço no país nestes quase 11 anos. Pena quase ninguém ter percebido o óbvio e ululante.

Agora, com esta questão da espionagem, a coisa se complica uma vez mais. E o pior é que em algo fartamente conhecido, que se pratica desde os primórdios da humanidade. Que, em tese, nem tem que ser notícia. O problema é que estamos às portas da eleição. E, pior ainda, para a prática de mais uma bobagem pelo povo brasileiro. Que apesar de várias eleições, não aprendeu a votar. A viagem aos EUA em outubro foi cancelada. Mais uma bobagem.

Desde que o mundo é mundo existe a espionagem. De todos com todos e para todos. Ninguém, nenhuma pessoa deste país é espionada ou controlada pelo nosso governo? O primeiro sabichão que atire a primeira pedra em nós, contestando. A história está repleta de casos de espionagem. Que é parte do homo sapiens.

A questão é que não sabemos nos colocar em nosso devido lugar. Não sabemos quando confrontar ou não. Tudo é feito da pior forma possível, ideologicamente, eleitoreira, sem qualquer sentido, para mostrar indignação e ganhar o voto.

Jornal DCI

Author: Samir Keedi

-Mestre (Stricto Sensu) e pós-graduado (Lato Sensu) em Administração pela UNIP-Universidade Paulista. -Bacharel em Economia pela PUC-Pontifícia Universidade Católica. -Profissional de comércio exterior desde março de 1972. -Especialista em transportes; logística; seguros; Incoterms®; carta de crédito e suas regras; documentos no comércio exterior; contratos internacionais de compra e venda. -Generalista em várias atividades em comércio exterior. -Consultor em diversos assuntos relativos ao comércio exterior. -Professor universitário de graduação e pós graduação desde 1996. -Professor e instrutor técnico desde 1996. -Palestrante em assuntos de comércio exterior e economia. -Colunista em jornais e revistas especializadas. -Autor de vários livros em comércio exterior. -Tradutor oficial para o Brasil do Incoterms 2000. -Representante do Brasil na CCI-RJ e Paris na revisão do Incoterms® 2010.

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