Surpresas no comércio exterior – 70 (acordos comerciais internacionais)
A realização de acordos comerciais internacionais, bilaterais ou multilaterais, deve levar em conta a lógica, a coerência e as condições econômicas dos países envolvidos.
Nem sempre a realização de um ALC – Acordo de Livre Comércio é a melhor opção inicial. Muito menos a realização de uma União Aduaneira, o que pode ser um desastre, como o que ocorreu com o Mercosul – Mercado Comum do Sul.
É sempre melhor começar com um acordo de Preferências Tarifárias, em que cada país vai reduzindo o imposto de importação aos poucos, ano a ano, até que sejam zerados, transformando-se numa área de livre comércio.
Dependendo das condições econômicas, ou desejo das partes, pode-se pular o Acordo de Preferências Tarifarias e começar direto pela ALC.
A terceira fase pode ser a União Aduaneira. Mas, a partir dessa fase, há uma amarração entre os membros do grupo. Ninguém mais é independente para fazer acordos sozinho. A partir daí são todos juntos. Como é o caso do Mercosul. Um acordo com terceiro ou terceiros países tem que ter a concordância de toda as partes e ser feito em conjunto.
A fase seguinte pode ser um Mercado Comum em que, além das mercadorias, torna-se livre a circulação de pessoas e capitais.
A nova fase, posterior, é a União Econômica, em que as políticas econômicas passam a ser feitas em conjunto, podendo incluir a moeda única. Nesta fase há que levar em conta a amarração econômica entre os países, em que ninguém mais tem liberdade para fazer sua própria política. A moeda única impede isso e países podem vir a ter problema, como já ocorreu há poucos anos, especialmente com Espanha, Grécia, Itália e Portugal.
21 de março de 2024
Brilhante dicas…