Trading Companies (versão curta)

Temos batido muitas vezes, ao longo dos anos, na tecla dos consórcios de exportação. Para ver se o país acorda. E dizendo que esta é uma excelente forma de colocarmos as pequenas e micros empresas no comércio exterior. E o país precisa muito aumentar sua exportação, saindo da humilhante posição de apenas 20º. exportador mundial. Em especial neste momento, em que o mundo começa a sair da monumental crise em que se encalacrou em 2008/2009.

Mas todos temos consciência de que o consórcio não é a única saída para que as pequenas e micro empresas aumentem sua participação de cerca de 2-3% nas nossas exportações. As Trading Companies, empresas comerciais, importadoras e/ou exportadoras, são uma opção tão boa ou até melhor para as nossas exportações.

A comercial exportadora tem uma vantagem ímpar com relação aos consórcios, por exemplo, na exportação. Ela não precisa juntar as empresas. Nem fazê-las conviver. Nem se ver. Ela, simplesmente, compra a mercadoria do produtor e a exporta. Para o produtor, que será um exportador indireto, portanto um parceiro vital, principalmente se pequeno, é um bom negócio. Ele será equiparado a um exportador, tendo todos os seus benefícios.

Esse produtor não terá que criar uma estrutura para isso. Nem terá que conhecer idiomas estrangeiros. Nem suas normas legais, nem seus costumes, etc. Ele somente terá que atender a comercial exportadora. Será apenas um operador de produção. Na importação o inverso, sem conhecimento no e do exterior, tendo alguém para fazer para si.

Durante muitos anos notamos que o Brasil não deu muita importância para ela. Em especial o governo, que parecia ignorar e não entender o papel dessa importante empresa. Sem o apoio necessário, sem as Trading Companies e sem os consórcios, o resultado é o conhecido. Talvez uns 2-3% da exportação brasileira seja feito por pequenas e micro empresas. Um vexame, sem dúvida.

Assim, é alvissareiro notar que essas empresas passam a ser olhadas com outros olhos a partir de agora. Que elas, finalmente, poderão cumprir o seu destino e ajudar o país.

As pequenas e médias Trading Companies têm hoje sua representação através do CECIEX – Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras, sediada dentro da ACSP – Associação Comercial de São Paulo. Que, por sinal, há poucos dias, realizou seu 5º. evento anual, com muito sucesso. Estão de Parabéns a ACSP, o CECIEX, a Apex e as Trading Companies.

Jornal DCI

Author: Samir Keedi

-Mestre (Stricto Sensu) e pós-graduado (Lato Sensu) em Administração pela UNIP-Universidade Paulista. -Bacharel em Economia pela PUC-Pontifícia Universidade Católica. -Profissional de comércio exterior desde março de 1972. -Especialista em transportes; logística; seguros; Incoterms®; carta de crédito e suas regras; documentos no comércio exterior; contratos internacionais de compra e venda. -Generalista em várias atividades em comércio exterior. -Consultor em diversos assuntos relativos ao comércio exterior. -Professor universitário de graduação e pós graduação desde 1996. -Professor e instrutor técnico desde 1996. -Palestrante em assuntos de comércio exterior e economia. -Colunista em jornais e revistas especializadas. -Autor de vários livros em comércio exterior. -Tradutor oficial para o Brasil do Incoterms 2000. -Representante do Brasil na CCI-RJ e Paris na revisão do Incoterms® 2010.

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