Brasil, fundo do poço e soluções

 

 

Em nosso artigo neste jornal, em 08/01/2018, mostramos os sérios problemas que afligem nossa economia. Que provocará, certamente, um calote da dívida interna, criando o caos absoluto no país. Mostramos que o país sabe crescer, e o fez de forma magnífica de 1901 a 1980. Até que em 1981 entramos na fase atual, sem crescimento, quase estagnação e recessão.

Gostaríamos de colocar nossa posição quanto a soluções para evitar o pior. E temos certeza que são medidas que devem ser adotadas imediatamente, para servir de antídoto aos nossos problemas. E sabemos que podem ser adotadas, é uma questão vital. Só temos que ter vontade política, econômica e sabermos que o Brasil tem que estar à frente de tudo e de todos. Não como hoje, em que à frente estão políticos e economistas com parcos conhecimentos e visões equivocadas sobre a nossa economia. Nisto estão também os empresários.

Precisamos de algumas medidas drásticas, que de paliativas estamos cansados. Que ao contrário, agravam a situação econômica do país. Entre tantas, nos parece que três delas são básicas e resolveriam os problemas. E atrás delas viriam medidas complementares para, com o tempo, termos um país voltando a crescer como no passado mencionado e desenvolvido.

Medida um é a extinção da corrupção em nosso país. Sabemos que é algo quase impossível. Ninguém a extinguiu totalmente. Mas, se continuar a existir, terá que ser residual, aquela impossível de ser detida. Que depende de honestidade total, também virtualmente impossível. Corrupção e honestidade nórdicas é o benchmarking a seguir. O que não podemos é continuar dessa maneira. O país tem que apresentar soluções para extinguir o estado de impunidade em que vivemos. A impunidade é a mãe, avó, bisavó, etc. da corrupção e roubo que reina nesta terra Tupiniquim.

Medida dois é a privatização de todas as cerca de 150-160 empresas estatais existentes, tanto da União quanto dos Estados e Municípios. Elas normalmente são empresas deficitárias, mal geridas, ineficientes. Que muitas vezes sobrevivem com recursos da população, que deveriam ser empregadas em outras áreas como Educação, Saúde e Segurança. O problema maior e básico das estatais é ser cabide de empregos para apaniguados. Isso as destrói. Empresas que podem ser lucrativas acumulam prejuízos a serem cobertos pela sociedade. Privatizadas, deixariam de dar prejuízo, passariam a dar lucros e a pagar impostos. Ou seja, aumentam os recursos da sociedade para investimentos e não retiram recursos dela. Elementar caro Watson.

Medida três é a redução da taxa de juros, ainda estratosférica. Estamos com Selic a 7,0% hoje, muita alta para desenvolvimento. A média mundial de taxa de juros é perto de zero, às vezes negativa. Isso elimina os argumentos inválidos de nossos economistas, de que taxa de juro zero ou baixa faz explodir a inflação. Balela. O mundo desenvolvido, EUA, Europa e Japão provam o contrário. Taxa de juros quase zero e inflação quase zero quando não deflação. E o Brasil também mostra isso. Quanto menor a taxa de juros menor a inflação que temos tido. E, com taxa zero, teremos investimento, produção, consumo, etc. E a dívida interna diminuirá com qualquer superávit primário, por menor que seja.

 

Jornal DCI de 03-04-05/02/2018

Author: Samir Keedi

-Mestre (Stricto Sensu) e pós-graduado (Lato Sensu) em Administração pela UNIP-Universidade Paulista. -Bacharel em Economia pela PUC-Pontifícia Universidade Católica. -Profissional de comércio exterior desde março de 1972. -Especialista em transportes; logística; seguros; Incoterms®; carta de crédito e suas regras; documentos no comércio exterior; contratos internacionais de compra e venda. -Generalista em várias atividades em comércio exterior. -Consultor em diversos assuntos relativos ao comércio exterior. -Professor universitário de graduação e pós graduação desde 1996. -Professor e instrutor técnico desde 1996. -Palestrante em assuntos de comércio exterior e economia. -Colunista em jornais e revistas especializadas. -Autor de vários livros em comércio exterior. -Tradutor oficial para o Brasil do Incoterms 2000. -Representante do Brasil na CCI-RJ e Paris na revisão do Incoterms® 2010.

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